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Aeronave Remotamente Pilotada da FAB realiza primeiro voo de traslado

A missão inédita foi cumprida pelo Esquadrão Hórus (1°/12° GAV) e representa um avanço na operacionalidade da Força Aérea Brasileira. .

Atualizado em 25/09/2022 às 18:09, por Adriano Moura Buzeli.

A missão inédita foi cumprida pelo Esquadrão Hórus (1°/12° GAV) e representa um avanço na operacionalidade da Força Aérea Brasileira.

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, nesta sexta-feira (23/09), o primeiro voo de traslado de uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), a RQ-900 Hermes, de Santa Maria (RS) a Campo Grande (MS). A distância entre os aeródromos de decolagem e pouso é de aproximadamente mil quilômetros. Até então, as missões não tripuladas conduzidas pela Força Aérea, ainda que tivessem grande alcance devido ao controle realizado por satélite, restringiam-se a decolagem e pouso sempre no mesmo aeródromo.

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A operação, conduzida pelo Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1°/12° GAV – Esquadrão Hórus) e sob a égide do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), revestiu-se de grande complexidade. Isso em virtude das peculiaridades do sistema não tripulado, da suscetibilidade à meteorologia e da necessidade de múltiplas coordenações entre órgãos de controle do espaço aéreo e tripulantes, que revezaram a missão estando baseados em Santa Maria (RS), Brasília (DF) e Campo Grande (MS).

O voo histórico decolou da Base Aérea de Santa Maria (BASM), no Rio Grande do Sul (RS), às 3h05min da manhã. Uma equipe de mantenedores realizou a preparação da aeronave e os tripulantes realizaram o controle com link em linha de visada, isto é, utilizaram uma antena de solo apontada diretamente para a aeronave o que permitiu o comando remoto durante todas as fases da operação.

Na segunda etapa, uma tripulação assumiu o controle do RQ-900 a partir de Brasília (DF), desta vez por link satelital, executando a pilotagem remota até o aeródromo de Campo Grande (MS), localizado a mais de mil quilômetros de distância de Santa Maria (RS).

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Já na última fase da operação, antes do início dos procedimentos de descida para pouso em Campo Grande (MS), uma tripulação local assumiu o comando da aeronave, em linha de visada, realizando um pouso suave e com segurança em Campo Grande, a Cidade Morena.

O Comandante do COMAE, Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues, destacou que o voo representou a consolidação da operação de Aeronave Remotamente Pilotada militar no Brasil, iniciada há pouco mais de uma década, pelo Esquadrão Hórus. “O traslado permitiu a redução de custos e ampliação da capacidade de pronta resposta do RQ-900 na tarefa de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR)”, acrescentou o Oficial-General

Neste sentido, o Comandante do Esquadrão Hórus, Tenente-Coronel Aviador Ricardo Starling Cardoso, ressaltou, com muito orgulho, o feito inédito realizado. “Esse voo entrou para a história como um avanço na operacionalidade da FAB com relação ao emprego de sistemas não tripulados. Demonstrou a capacidade de mobilizar e reposicionar a aeronave para operar a partir de uma nova base de desdobramento e em um curto espaço de tempo”, concluiu.

Esquadrão Hórus

O Esquadrão foi criado em 2011, na Base Aérea de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, com o objetivo de operar as Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), como também são chamados os Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANT) na Força Aérea Brasileira, realizando missões de Controle Aéreo Avançado, Posto de Comunicações no Ar, Busca e Salvamento em Combate (C-SAR) e Reconhecimento Aéreo.

A operação de uma ARP necessita de sistemas em solo que permitem o controle, a telemetria e a recepção das imagens por meio de um sistema de enlace de dados, sendo as aeronaves comandadas por aviadores com experiência em aviões e helicópteros de combate, além de conhecimentos em missões militares e regras de controle do espaço aéreo.

Em 2014 o Esquadrão passou a operar as aeronaves RQ-900 Hermes, que possuem capacidade de operação em média altitude e longa duração. Equipada com o sensor eletro-ótico e térmico DCoMPASS, com câmera colorida de alta definição, sensor de visão infravermelha e iluminador e designador de alvos a laser, essa aeronave possui também o sistema eletro-ótico SkEye, um conjunto de 10 câmeras de alta resolução que permite a vigilância de várias áreas simultaneamente, com transmissão de dados em tempo real. O RQ-900 Hermes voa a mais de 9.000 metros de altura e tem autonomia superior a 30 horas.

Fotos: Esquadrão Hórus 
Fonte: Força Aérea Brasileira

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