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Boeing e IBM usam computação quântica para minimizar a corrosão em materiais e aeronaves

Que um prego enferrujado e um anel de prata escurecido têm em comum? Ambos são produtos de um processo químico .

Atualizado em 01/11/2023 às 11:11, por Adriano Moura Buzeli.

Que um prego enferrujado e um anel de prata escurecido têm em comum? Ambos são produtos de um processo químico conhecido como corrosão. 

Para a maioria das pessoas, a corrosão é um fato cotidiano, uma das muitas formas pelas quais os objetos se deterioram ao longo do tempo. No entanto, para pesquisadores e engenheiros da empresa aeroespacial The Boeing Company, a corrosão é um problema multibilionário e os computadores quânticos podem ajudar a resolvê-lo.

A corrosão ocorre em metais refinados e outros materiais quando sua superfície se deteriora devido às interações com a umidade e aos efeitos corrosivos do ambiente. Isto resulta em danos equivalentes a milhares de milhões de dólares1 todos os anos em metais utilizados em infraestruturas públicas e em quase todos os setores da indústria.

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O processo de corrosão acontece na presença de um eletrólito corrosivo. E para a indústria aeroespacial, trata-se predominantemente de camadas finas que se formam na superfície dos veículos, como aviões ou helicópteros, sempre que estes operam em um ambiente úmido ou nos casos em que a umidade alterna entre condições secas e úmidas.

Agora, investigadores da Boeing e da IBM Quantum estão trabalhando juntos para calcular e caracterizar a corrosão em materiais existentes e, eventualmente, propor novos materiais que sejam mais resistentes à corrosão do que os que temos hoje.

Novas técnicas simulam o processo de corrosão 

Combinando a experiência em engenharia de corrosão com a experiência em computação quântica da IBM, os pesquisadores desenvolveram duas novas técnicas para realizar simulações quânticas de uma etapa fundamental no processo de corrosão, conhecida como redução de água.

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Os pesquisadores também criaram um método potencialmente valioso para a simplificação precisa e automatizada de circuitos quânticos, reduzindo significativamente os recursos quânticos necessários para executar suas simulações. Este poderia ser um passo inicial para a criação de novos materiais resistentes à corrosão.

Segundo os pesquisadores, trabalhar com computadores quânticos nos obriga a pensar nos problemas de maneiras que podem nos levar a novos rumos, ferramentas e ideias que podem ser traduzidas para o mundo da pesquisa.

Boeing e IBM Quantum planejam continuar sua colaboração com novas explorações sobre como a computação quântica pode nos ajudar a compreender melhor as reações químicas envolvidas na degradação de materiais ao interagir com diferentes tipos de ambientes.

Para obter mais informações sobre a pesquisa, acesse a entrevista conduzida com os pesquisadores ou o artigo completo na Nature’s npj Quantum Information2.

1 Koch GH, Thompson NG, Moghissi O, Payer JH, Varney J. 2016. IMPACT (International Measures of Prevention, Application, and Economics of Corrosion Technologies) Study. Report No. APUS310GKOCH (AP110272). Houston: NACE International. 
2 Gujarati, T.P., Motta, M., Friedhoff, T.N. et al. Quantum computation of reactions on surfaces using local embedding. npj Quantum Inf 9, 88 (2023). Link 

Fonte e foto: IBM

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