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Compartilhamento de aeronaves avança e gera outras oportunidades dentro da aviação civil

Desde a entrada em vigor da IS nº 91-013A, números de pousos e decolagens dos aviões executivos aumentaram no país, .

Atualizado em 05/04/2023 às 09:04, por Adriano Moura Buzeli.

Desde a entrada em vigor da IS nº 91-013A, números de pousos e decolagens dos aviões executivos aumentaram no país, frota de jatos também cresceu, segundo relatório da Abag

O compartilhamento de aeronaves executivas é uma modalidade de negócios na aviação que está crescendo rapidamente no Brasil, especialmente após a entrada em vigor, em outubro de 2021, da Instrução Suplementar (IS) nº 91-013A, publicada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A norma detalha as orientações sobre como obter a certificação, os prazos e a documentação necessários para a operação desse tipo de serviço. A IS nº 91-013A integra uma série de medidas do Programa Voo Simples, lançado em 2020 e que tem por objetivo modernizar, simplificar e desburocratizar o setor de aviação civil no país.

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Números recentes da  Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) demonstram que esse mercado de compartilhamento de aeronaves pode sim ter sido alavancado pela nova norma da Anac. Segundo a Abag, o Brasil registrou uma média mensal de 30 mil pousos e decolagens de voos executivos de janeiro a outubro de 2022, uma alta de 15% em relação ao mesmo período em 2019,  antes da pandemia, e de 40% na comparação com 2020. Também segundo o relatório da Abag, pelo terceiro ano consecutivo, a frota da aviação executiva no País registrou aumento: em 2020, eram 688 aeronaves desse tipo operando; em 2021, foram 728; e até outubro de 2022, eram 780 jatos em operação. 

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Para o empresário Rodrigo Neiva, o avanço e a consolidação desse mercado de compartilhamento de aeronaves abre um enorme leque de oportunidades de negócios. “Isso impacta positivamente desde a criação de novas empresas para operar esse tipo de serviço, passando pela manutenção aeronáutica e também aeroportos preparados para receber os voos executivos que tendem aumentar nos próximos anos”, explica Neiva, que é diretor comercial do Antares Polo Aeronáutico, empreendimento que está sendo construído na Região Metropolitana de Goiânia e que irá abarcar, além de um moderno aeroporto executivo, áreas e galpões comerciais voltados para empresas ligadas à aviação civil e afins.

Ao falar da importância de um projeto como o Antares para a aviação civil, Neiva lembra que “não existe avião sem aeroporto, um dependo do outro diretamente”. “O Antares pela sua estrutura e sua localização será um hub da aviação de negócios no Brasil”, destaca o empresário ao ressaltar que o empreendimento resultará no maior e mais moderno aeroporto executivo do centro-oeste brasileiro.

Solução

Rodrigo Neiva explica que o compartilhamento de aviões executivos vem se mostrando como uma solução rápida, segura e econômica para empresários e altos executivos que precisam se deslocar com agilidade pelo país, sem depender dos voos comerciais das grandes companhias aéreas, que geralmente não têm a mesma flexibilidade de datas e horários. “Ao em vez de comprar uma aeronave totalmente exclusiva, o que incide num investimento bem maior, sem falar nos custos de manutenção, hoje é possível dividir a propriedade com outras pessoas de forma igualitária, bem como os custos operacionais e de manutenção”.

Rodrigo afirma que a IS nº 91-013A da Anac facilitou a operação desse tipo de serviço. “Antes dessa nova regra, os interessados em adquirir cotas de um avião tinham que formar uma cooperativa. Agora não, você pode obter o registro aeronáutico Brasileiro (RAB) como pessoa física e declarar no imposto de renda”, esclarece o empresário. Ele também explica que um grupo de pessoas adquire uma aeronave ou uma empresa, e divide em cotas, porém é importante saber que é necessário existir um administrador. “Já no caso de uma empresa ela pode ter uma ou mais de uma aeronave e comercializar as cotas para vários clientes e ela fazer a administração dos aparelhos” , esclarece.

O aumento da demanda por voos executivos já criou oportunidade para as gestoras de compartilhamento de aeronaves, como a Avantto, que registrou um aumento de quase 50% na busca pelos seus serviços. O modelo de negócio, que divide uma aeronave em até 20 donos, possibilita que os clientes tenham acesso ao equipamento quando precisarem sem desembolsar o valor total de uma unidade.

Fonte: ABAG

Foto: Freepik

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