LABACE 2025 supera expectativas e reforça papel estratégico da aviação de negócios no Brasil
Maior feira do setor na América Latina atrai mais de 14 mil visitantes e registra diversas vendas de aeronaves durante o evento
A 20ª edição da LABACE (Latin American Business Aviation Conference & Exhibition), realizada entre os dias 5 e 7 de agosto no aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, consolidou-se mais uma vez como o principal ponto de encontro da aviação de negócios na América Latina. Com público de 14.157 visitantes ao longo dos três dias, o evento superou as expectativas e contabilizou excelentes resultados de negócios durante sua realização. Foram 54 aeronaves expostas e mais de 150 marcas participantes do evento.
A movimentação intensa entre os estandes e aeronaves em exposição refletiu o alto nível de qualificação do público presente, formado majoritariamente por empresários, operadores, executivos e entusiastas de organizações do setor. Um dos destaques foi a TAM Aviação Executiva, que anunciou a venda de nove aeronaves diretamente durante o evento. Também foi durante a LABACE que a Airbus registrou a primeira venda no Brasil do seu H140, com cauda T, o mais recente da categoria. A expectativa ainda preliminar é que sejam contabilizados mais de US$ 150 MM em aeronaves, equipamentos e serviços, incluindo aquisição de novas tecnologias ali apresentadas nessas próximas semanas e outra parte equivalente até o final do ano em consequência dos impactos catalizados pelo evento.
Para Flavio Pires, CEO da Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG), entidade responsável pela organização da LABACE, o sucesso da edição de 2025 é reflexo do amadurecimento do setor e da força da feira como plataforma de negócios e relacionamento. “A LABACE reafirma seu papel como vitrine da aviação de negócios no Brasil e na América Latina. Mais do que um evento de exposição, é uma feira que gera oportunidades reais e movimenta toda a cadeia do setor. Estamos muito satisfeitos com a receptividade, o alto nível dos visitantes e a demonstração clara de que a aviação geral é uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento econômico do país”, destaca Pires.
“A realização da LABACE no aeroporto Campo de Marte abriu novas possibilidades para a feira. Ganhamos em espaço, conforto e infraestrutura — e isso foi amplamente reconhecido pelos expositores e visitantes. Olhando para o futuro, esse formato permite avanços importantes, como voos de demonstração e até a chegada e saída dos visitantes em suas próprias aeronaves”, diz o executivo.
A edição comemorativa de 20 anos da LABACE celebrou não apenas a trajetória do evento, mas também o momento positivo vivido pela aviação de negócios no Brasil. A ABAG já prepara a próxima edição do evento, que será realizada em 2026, entre os dias 4 e 6 de agosto, novamente no Campo de Marte.
Dados do setor
Além do sucesso da LABACE 2025, os dados mais recentes reforçam o bom momento da aviação de negócios no país. Segundo levantamento da ABAG, a movimentação aérea no primeiro semestre de 2025 foi 32% maior em comparação ao mesmo período do ano anterior, alcançando o maior volume desde 2020.
A pesquisa, baseada em informações da ANAC (Registro Aeronáutico Brasileiro – RAB) e do DECEA (Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea – CGNA), também aponta crescimento relevante da frota nacional: aumento de 18% no número de jatos, 13% em turboélices e 10% em helicópteros a turbina. A projeção da ABAG é que, até o fim do ano, a aviação de negócios atinja a marca histórica de 1 milhão de voos no Brasil.
Com uma das frotas mais expressivas do mundo, o país consolida sua posição estratégica no setor, oferecendo um mercado dinâmico que abrange todas as modalidades de operação, boa infraestrutura aeroportuária e de navegação aérea, além de mão de obra qualificada e centros de formação reconhecidos.
Apesar do cenário positivo, a ABAG alerta para os riscos que podem comprometer a competitividade e a sustentabilidade do setor. Entre os principais desafios estão:
- A aplicação da alíquota comum do IBS/CBS para as atividades do segmento;
- O imposto Seletivo sobre importações de aeronaves e peças;
- A Cobrança de IPVA (exceto para serviços aéreos) pelos estados da Federação;
- Incerteza do impacto de tarifas de importação pelos Estados Unidos à aeronaves, peças e equipamentos e eventuais aumentos na carga tributária para esses grupos em reciprocidade pelo governo brasileiro
- Pressões de restrições em pautas ESG, como impostos ambientais e restrições de operações em sítios aeroportuários por questões de ruídos ;
- Escassez de mão de obra técnica especializada.
“A aviação de negócios é essencial para a conectividade e o desenvolvimento econômico no Brasil. Precisamos garantir um ambiente regulatório que estimule investimentos, preserve a segurança operacional e reconheça o papel estratégico do setor para o país”, conclui Pires.
Sobre a LABACE
A LABACE – Latin American Business Aviation Conference & Exhibition – é o maior e principal evento de aviação de negócios da América Latina, reunindo fabricantes, operadores, fornecedores e profissionais do setor. Agora no Campo de Marte, a feira reafirma seu compromisso com a inovação, a integração e o desenvolvimento da aviação de negócios no Brasil.
Fonte e foto: Labace
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