Dia Mundial do Comissário de Voo: a evolução da profissão sob a ótica de quem a exerce há 34 anos
Tripulante de cabine mais antigo da LATAM, Luiz Henrique Moraes Virgolino está na companhia desde 1989 e acompanhou de perto a mudança de paradigmas e padrões da profissão até a sua abertura para a diversidade e inclusão.
Com mais de 2 mil travessias sobre o Oceano Atlântico como comissário, ele também fez parte de momentos importantes de crescimento e estabelecimento da LATAM como a maior companhia aérea da América Latina.
No Dia Mundial do Comissário de Voo, LATAM reconhece o trabalho dos profissionais que atuam para resguardar com empatia a segurança e o bem-estar a bordo.
Desde 1989, o som dos motores das aeronaves e o aviso para afivelar os cintos fazem parte da rotina do paulistano Luiz Henrique Moraes Virgolino. Comissário de Voo mais antigo da LATAM, o profissional de 58 anos dedica boa parte de sua vida ao nobre exercício de resguardar com empatia a segurança e o bem-estar dos passageiros que embarcam com a companhia. Com 34 anos de casa, acompanhou de perto a evolução de uma profissão muito marcada no passado pelo estereótipo de uma vida para poucos, recheada de glamour e privilégios. Hoje, acumulando mais de 2 mil travessias sobre o Oceano Atlântico a bordo de aeronaves, Luiz faz parte de uma aviação cada vez mais profissionalizada e diversa.
Morador em grande parte de sua juventude da periferia da Zona Sul da Capital, Luiz sempre carregou consigo uma certeza: não gostava de rotinas. Ao concluir o ensino médio, teve como primeiro emprego a profissão de vendedor de telefones em uma estatal de telecomunicações, onde ficou por pouco tempo. “Eu sempre gostei de lidar com o público, mas buscava uma profissão mais flexível, em que eu pudesse conhecer diferentes lugares e culturas. Foi quando me interessei pela aviação”, conta Luiz.
Com a realização dos cursos para comissário, aos 24 anos foi contratado pela LATAM, naquela época uma companhia aérea em ascensão, com apenas 5 aeronaves e um time de 30 comissários. “Nosso público era majoritariamente de executivos que viajavam a negócios para cidades como Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Araçatuba”, complementa. Luiz foi contratado em um período em que o padrão de exigência para a seleção por parte das companhias aéreas era elevado. “Era preciso falar inglês fluentemente, ter um peso considerado ideal, altura e idade. Não podia ter cicatrizes ou tatuagens”, lembra.
Passados 34 anos, o paulistano acompanhou de perto o crescimento da LATAM de 5 aeronaves para a maior companhia aérea da América Latina. Neste espaço de tempo, fez parte de momentos importantes na história da empresa, como quando compôs a tripulação do primeiro voo internacional da companhia na rota entre Miami (EUA) e São Paulo/Guarulhos, no atendimento de personalidades e autoridades a bordo, e conheceu lugares que nunca imaginou.
Mais do que isso: Luiz acompanhou como parte da história a ruptura dos padrões estéticos exigidos para a profissão e a abertura para a diversidade e inclusão. Hoje, o grande atributo para o profissional que busca a carreira é ser um verdadeiro agente de segurança. Além de cuidar de cada passageiro para que chegue bem ao seu destino, é necessário atuar pela segurança e bem-estar de todos a bordo de um voo. “É um grande progresso. Sinceramente, nunca achei que isso aconteceria”, finaliza.
DIVERSIDADE E INCLUSÃO NO TIME DE COMISSÁRIOS DA LATAM
A evolução dos padrões de exigência na LATAM se reflete até mesmo no manual de uniformes para os seus tripulantes de cabine, criado para orientar a melhor forma de apresentação desses profissionais aos clientes. Alinhado à essência da marca e ao propósito da companhia, o manual tem ficado cada vez mais diverso e próximo da realidade de seus colaboradores. Hoje, por exemplo, é permitido o uso de tatuagens visíveis, desde que o conteúdo não seja ofensivo para outras pessoas. Também são permitidas mais opções de diferentes penteados para todos os tipos de cabelo.
PROCESSO SELETIVO MAIS INCLUSIVO
Uma das mudanças implementadas pela LATAM para garantir processos seletivos mais diversos e inclusivos diz respeito à exigência do idioma (inglês ou espanhol), que também deixou de ser obrigatória e passou a ser desejável para o cargo de comissário(a) de voo. A companhia continuou a aplicar o teste de idiomas para mapeamento, mas os critérios para a escolha dos candidatos são agora totalmente baseados em outras capacidades técnicas para exercício da função e em suas competências comportamentais. Outra iniciativa é a realização do processo seletivo 90% de forma online, com apenas exames e entrevista final ocorrendo presencialmente próximos ao candidato. Isso contribui para que pessoas de todos os estados possam se candidatar e participar das etapas sem a necessidade de deslocamento até São Paulo, como era feito anteriormente.
Os requisitos mínimos exigidos para ser tripulante de cabine da LATAM Brasil, vale lembrar, são: ter 18 anos e ensino médio completos, formação no curso de comissário de voo com aprovação da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), com CCT (Certificado de Conhecimento Teórico), que é o código ANAC, e CMA (Certificado Médico Aeronáutico) válidos.
Atualmente, a LATAM Brasil conta com um quadro de mais de 4 mil tripulantes de cabine e o banco de talentos vem sendo utilizado para as contratações que estão ocorrendo ao decorrer deste ano.
Fonte: Latam
Fotos: Arquivo Pessoal
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