Airbus Perlan Mission II volta a decolar para estabelecer recorde mundial de altitude
- Após atrasos da COVID, planador de pesquisa estratosférica mira recorde mundial de 90.000 pés
- Equipe sem fins lucrativos que coleta dados de ciência climática e engenharia aeroespacial a caminho da borda do espaço
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A Airbus Perlan Mission II, a primeira iniciativa do mundo para pilotar uma aeronave sem motor até a borda do espaço, concluiu com sucesso uma campanha de teste de voo nos EUA, abrindo caminho para uma tentativa no final deste ano de estabelecer um novo recorde mundial de altitude de aviação em voos tripulados e nivelados.
“Na última década, estivemos em uma aventura emocionante para inspirar, educar e explorar a estratosfera, e a Airbus tem sido uma grande parceira nesta jornada, pois juntos tentamos — e alcançamos — o que era aparentemente impossível”, disse Ed Warnock, CEO do The Perlan Project.
O planador pressurizado Perlan 2, que estabeleceu o recorde mundial subsônico de altitude em mais de 76.000 pés em 2018, partiu dos EUA para uma longa viagem até El Calafate, na Argentina. Acima dos Andes patagônicos, onde as condições atmosféricas são ideais, pilotos e engenheiros especializados da organização sem fins lucrativos Perlan Project tentarão voar o planador experimental até seu teto de 90.000 pés.
“Se um planador, que é uma aeronave totalmente de emissão zero, puder se tornar a aeronave com voo mais alto de todos os tempos, isso passa uma mensagem poderosa de que a descarbonização da aviação não é impedimento para a realização de vôos, e pode até ser um facilitador”, disse C. Jeffrey Knittel, presidente e CEO da Airbus Américas.
Como uma plataforma de pesquisa que não emite exaustão, o Perlan 2 é ideal para a pesquisa atmosférica de alta altitude que a equipe conduzirá para informar modelos mais precisos de mudanças climáticas. A aeronave voará para altitudes onde o ar não é mais denso do que a atmosfera em Marte, proporcionando oportunidades únicas para estudos aerodinâmicos relacionados a turbulência, clima extremo e exploração espacial futura.
A aeronave também levará a bordo experimentos projetados por alunos da escola por meio da parceria do Projeto Perlan e a metodologia STEAM – a sigla, em português, corresponde à Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática – com Professores no Espaço.
A Airbus iniciou seu patrocínio do Projeto Perlan em 2014, facilitando a conclusão da construção do Perlan 2. O planador, descrito por Warnock como “uma cápsula espacial com asas”, está equipado com sofisticados sistemas de suporte à vida e instrumentação para garantir a segurança do piloto.
A aeronave é capaz de voar sem motor para suas altitudes recordes graças a correntes de ar muito raras conhecidas como “ondas de montanha estratosféricas”, que se formam quando os ventos das montanhas são fortalecidos pelo Vórtice Polar.
A equipe do Airbus Perlan Mission II, composta por alguns dos pilotos de teste mais celebrados da indústria da aviação e cientistas climáticos de renome mundial, conduzirá sua campanha de voo de 2023 do final de julho até meados de setembro, quando ondas montanhosas estratosféricas são mais prováveis de ocorrer no hemisfério sul. Depois de estabelecer vários recordes sucessivos em anos anteriores, a equipe fez uma pausa durante a pandemia de COVID-19.
Sobre o Airbus Perlan Mission II
O Airbus Perlan Mission II é uma iniciativa para levar um planador sem motor até a borda do espaço, mais alto do que qualquer outra aeronave alada que operou em voo tripulado e nivelado, para abrir um mundo de descobertas relacionadas ao voo de alta altitude, clima e mudanças climáticas. Este empreendimento histórico é o culminar de décadas de pesquisa e inovação em engenharia, e o trabalho de uma incansável equipe internacional de aviadores e cientistas que voluntariam seu tempo e experiência para a organização sem fins lucrativos The Perlan Project. A iniciativa, com sede em Minden, Nevada, é apoiada pela Airbus e um grupo de outros patrocinadores que inclui Dennis Tito, Weather Extreme Ltd., Raytheon (United Technologies), BRS Aerospace e Thales.
Fonte e foto: Airbus
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