Aviation Summit discute os desafios do ground handling e da aviação em geral
Evento foi realizado na sexta-feira (18/10) em Guarulhos e contou com o apoio da Abesata, Anac e Ministério de Portos e Aeroportos
Na sexta-feira (18/10), mais de 200 pessoas participaram do Aviation Summit em Guarulhos, realizado no auditório do Marriott Hotel. Ao longo do dia, representantes de empresas de handling, de companhias aéreas e de concessionárias aeroportuárias estiveram reunidos para discutir os desafios para 2025 e para os próximos anos. O evento contou com a presença de diretores da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), integrantes da Receita Federal, da Polícia Federal e das mais importantes entidades do setor.
A abertura do evento foi realizada pelo diretor da Anac Luiz Ricardo de Souza Nascimento, que falou sobre as operações aeroportuárias e a interface com as empresas aéreas, estendendo, claro, aos serviços em solo. Rogério Benevides, ex-diretor da Anac, ressaltou a complexidade das operações em solo em grandes aeroportos como Guarulhos. “São mais de 20 mil pessoas todos os dias acessando a área remota para permitir que a gente voe. É uma cidade”, apontou.
Para o presidente da Abesata, o Aviation Summit foi importantíssimo para trazer à tona questões que preocupam o segmento, como o altíssimo turnover de mão de obra em solo. “A cada ano, perdemos 30% do nosso efetivo devidamente treinado e capacitado; em uma conta rápida, a cada três anos temos que renovar todo o investimento feito em capacitação para ter gente apta a atender aeronaves em solo, um custo muito alto”, disse Ricardo Aparecido Miguel.
O executivo também tocou em outro ponto bastante polêmico para aeroportos e companhias aéreas: a eletrificação das frotas de equipamentos em solo. “As empresas querem investir em equipamentos mais modernos para reduzir a pegada de carbono e tornar as operações verdes, mas precisam de uma contrapartida dos aeroportos com a infraestrutura adequada e das companhias aéreas com a garantia de que os contratos vão permitir amortizar os elevados investimentos; afinal de contas, toda a cadeia se beneficiará disso”, resumiu o presidente da Abesata.
Safety e security
Um dos pontos altos do Summit foi a fala do brigadeiro-do-ar Marcelo Moreno, presidente do Cenipa, que aproveitou a oportunidade para falar de como funciona a investigação de acidentes aéreos e de como é preciso estarmos atentos às chamadas normas informais ou normalização dos desvios, no dia a dia das operações. Para ele, ninguém duvida de que as Esatas sejam fundamentais para a prevenção de acidentes, mas a segurança operacional requer compromisso da alta gestão das empresas.
Na parte da tarde, o presidente da ALTA (Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo), Ricardo Botelho, e o presidente da Jurcaib (Junta dos Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil), Robson Bertolossi, apontaram as principais barreiras para o crescimento da aviação brasileira, entre elas, a insegurança jurídica, a judicialização com os maiores números do planeta e o alto custo do combustível, sem perder de vista o otimismo com as saídas para estes problemas.
Fizeram parte também do Aviation Summit a Polícia Federal, com Alex Halti, de Viracopos, e uma ótima demonstração de como a comunidade aeroportuária precisa do olhar atento de todos para uma ação efetiva da PF, e três representantes da Receita Federal, que mostraram todo o trabalho feito no combate ao risco aduaneiro nos aeroportos.
O dia terminou com uma palestra com Max Gehringer sobre capital humano, seguido de um encerramento feito por Rubens Pereira Leitão Filho, CEO da WFS Orbital, e um coquetel.
Mais informações em www.abesata.org
Fonte e foto: Abesata
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