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Brasil Paralelo lança documentário sobre a Varig

Conhecer a história da primeira multinacional brasileira é conhecer a história do Brasil e entender os rumos do nosso país.

O Brasil Paralelo lançou no dia 12 de dezembro o documentário sobre a Varig e conta a história completa desta importante companhia aérea que infelizmente não existe mais devido a problemas de gestão e também ao Presidente Lula que na época não quis quitar uma divida do governo federal de R$4 bilhões de reais com a companhia.

Sinopse

A Varig nasceu em 1927 com uma ambição: tornar-se uma potência internacional. Representava a força empreendedora e o sonho brasileiro de alçar voos maiores.

A trajetória da empresa é a bússola que aponta para um problema nacional. Tal como a companhia, por anos o Brasil tem sido tratado como a grande aposta do futuro. Mas ainda não decolou. O que anda impedindo esse voo? O que causou a falência da maior empresa brasileira e que gerou os melhores resultados entre todas as companhias aéreas no mundo?

Às 20h, no canal da Brasil Paralelo no YouTube, a Bancada da BP se reunirá com três dos maiores especialistas em aviação brasileira. Sob o comando do apresentador Rafael Pontes, a entrevista irá apontar os fatores responsáveis pela queda da Varig. Os convidadas são:

  • Armando Levy – jornalista e escritor, autor do livros Os Abutres e a Varig, formado pela FAAP, hoje é professor da Fundação Santo André, no ABC Paulista.
  • Claudia Musa Fay – professora de história da PUC-RS especializada em aviação comercial e grande estudiosa do assunto.
  • César Curi – ex-presidente do Conselho de Curadores da Fundação Ruben Berta e também ex-presidente do Conselho de administração da Fundação Ruben Participações SA, controladora da Varig.

A VARIG e a história do Brasil

A “era de ouro” da aviação do Brasil foi construída com a história da Varig, que por 50 anos foi a maior empresa do país. A companhia aérea chegou a receber o prêmio de melhor serviço de bordo do mundo, em 1979, pela revista norte-americana “Air Transport World”. 

“Para além do glamour, a Viação Aérea Rio Grandense, ou Varig, era sinônimo de rigor técnico, eficiência dos pilotos e excelência operacional. Sua frota estava entre as mais modernas e ágeis do mercado”, relatou, em uma live no Youtube, o consultor aeronáutico internacional Gianfranco (Panda) Beting, autor do livro “Varig, Eterna Pioneira” (Editora PUC-RS e Beting Books).

De pequena empresa do Sul do país a campeã mundial em geração de resultados no setor aéreo, a Varig teve uma trajetória parecida com a do Brasil: mesmo com as ferramentas e os recursos humanos ideais para ser gigante, sempre caiu nas mãos de um Estado em busca dos próprios interesses. 

Todos os fatores que provocaram a ascensão e queda da Varig serão contados no novo documentário da Brasil Paralelo, “Varig: A Caixa Preta do Brasil”

O filme estreou na segunda-feira, 12 de dezembro, às 20h, e mostra depoimentos inéditos sobre o fim desse patrimônio nacional.

Os maiores especialistas em aviação do país, além de ex-funcionários da Varig, foram ouvidos para a elaboração de um dossiê completo sobre a primeira multinacional do Brasil.

No mercado de aviação por quase 80 anos, a Varig ergueu um império e construiu no imaginário dos brasileiros algo sem paralelo no mercado nacional: um sentimento de orgulho, patriotismo e pertencimento. 

Além de maior companhia aérea, foi também a maior empresa de manutenção de aviões e de transporte de carga da América Latina. Mas sucumbiu ao que o mercado internacional chama de “crony capitalism”, como explica o jornalista e escritor Armando Levy: 

“É quando aqueles que detêm o poder político manipulam o mercado para servir a alguns grupos do seu interesse, que recebem todas as vantagens de competição”. 

Levy investigou a história da Varig por dois anos, trabalho que resultou na publicação do livro Os Abutres e a Varig. 

Ele foi um dos entrevistados para o documentário e afirma que foi justamente esse capitalismo atravancado, no qual os amigos governo é que ganham, que imperou por décadas do Brasil.

“Esse jogo político destrói a economia brasileira, gera desemprego, pobreza e desigualdade. Enquanto isso não mudar, os empresários brasileiros estarão concorrendo em condições de desigualdade e não avançaremos enquanto nação”.

César Curi é ex-presidente do Conselho de Administração da Fundação Ruben Berta, controladora da Varig. Trabalhou no grupo por 35 anos e garante que sua falência foi um crime de lesa-pátria e que se deu principalmente por intervenções estatais. 

“Acredito que todo processo que envolve a destruição de uma empresa tem vários fatores contribuintes. Mas as medidas dos governos não deram à Varig alternativas de subsistência no transporte aéreo”.

Curi também participou do documentário, o qual indica como essencial para entendermos quão prejudiciais podem ser as relações entre governos e empresas. 

“O Brasil vive um modelo de capitalismo predatório”.

Fonte e foto: Brasil Paralelo

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