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Diretor da ANAC ministra aula inaugural em curso criado pela Abesata em colaboração com Universidade Anhembi Morumbi

As aulas do programa Corporate Resource Management (CRM) – Ground Operations começaram nesta quarta (3.05) e um dos principais assuntos foi a chamada regulação responsiva, em outras palavras o compartilhamento da função regulatória com as empresas e entidades do setor

Começou em (3.05) o Corporate Resource Management (CRM) – Ground Operations, um programa criado pela Abesata (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares do Transporte Aéreo) em parceria com a Universidade Anhembi Morumbi,  com o objetivo de propiciar a melhoria contínua da qualidade dos serviços prestados pelas empresas de serviços em solo.

A aula inaugural contou com a presença do Major Brigadeiro Luiz Ricardo de Souza Nascimento, diretor da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Além de apresentar aos alunos um pouco da estrutura da aviação no Brasil,  o papel da ANAC, Luiz Ricardo tratou da questão da padronização dos serviços e entrou no CRES (Certificação de Regularidade das Empresas em Solo) para falar de regulação responsiva. Ele lembrou que a Anac utilizou o CRES na assembleia geral da ICAO, em Montreal, no final do ano passado, como um “case” de sucesso.

“Regulação responsiva é um projeto prioritário dentro da ANAC, compartilhamento da função regulatória é fundamental para que possamos ter uma ação menos sancionatória, passando a atuar em parceria com as empresas e entidades no sentido de ajustar, educar e transformar o processo”, disse o diretor da ANAC. 

O Prof Alexandre Faro, coordenador do Curso de Aviação Civil da Universidade Anhembi Morumbi, também participou da aula inaugural, transmitida direto do auditório da Abesata, juntamente com o presidente da entidade, Ricardo Aparecido Miguel. 

O curso possui uma grade curricular que compreende 40 horas/aula exclusivamente para Ground Service Providers. A partir de 1° de julho de 2023, todas as empresas certificadas com o CRES (Certificação de Regularidade das Empresas em Solo) serão obrigadas a ter nos seus quadros facilitadores com formação em CRM – Ground Operations. Atualmente são 9 empresas que possuem o CRES em todo país e 65 aeroportos com empresas certificadas disponíveis para contratação. 

Corporate Resource Management (CRM) – Ground Operations  será ministrado com aulas remotas síncronas, mais apresentação de estudos de caso, com exemplos práticos de serviços de Ground Handling, vídeos e discussão dos temas relacionados. O objetivo é conscientizar os alunos a respeito da utilização eficaz dos recursos, tanto humanos quanto de equipamentos, e ainda dar aos participantes noções de CRM para as tarefas quotidianas. 

Na grade do curso estão disciplinas como Desempenho Humano, Gerenciamento de Ameaças e Erros, Processos de Ground Handling, Normas e diretrizes de segurança operacional e de serviços de natureza de proteção, Tipos de cultura, Trabalho em equipe, dentre outros assuntos relacionados.  

Saiba mais sobre o CRES

Lançado em junho do ano passado, o programa de qualidade já analisou e certificou empresas como Swissport, Dnata, Orbital, ProAir, RP, InSolo, Real Aviation, VIX e Tri-Star. O objetivo do selo de qualidade é ajudar operadores de aeroportos e companhias aéreas na hora de contratar serviços auxiliares de naturezas operacional e de proteção. O certificado CRES está disponível para qualquer empresa. 

O programa de certificação é composto por uma matriz com cinco dimensões: Regulatória, Financeira, Operacional, Pessoas e ESG (meio ambiente, social e governança corporativa). A certificação é realizada por uma empresa independente, a Praxian Research Center, com sede na avenida Paulista, em São Paulo.

O objetivo é trazer benefícios para toda a cadeia aeronáutica. Hoje, as empresas especializadas de serviços em solo no Brasil respondem por 95% das operações, desde limpeza de aeronaves, com foco na sua desinfecção, transporte e atendimento de passageiros e tripulantes, check-in, manuseio de carga e bagagens, canal de inspeção – security – para embarque de passageiros, entre outras modalidades.

As empresas que desejarem ser certificadas precisarão apresentar uma série de documentos que comprovem condições regulares de operação e uma estrutura saudável, garantindo a segurança de quem contrata, companhia aérea ou administração aeroportuária, além de poder servir de referência para a fiscalização por parte dos órgãos governamentais.

Os critérios de análise envolvem aspectos eliminatórios e outros classificatórios, totalizando uma soma máxima de 100 pontos.

Mais informações em cres.abesata.org 

Fonte e foto: Abesata

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