Abesata celebra acordo com Aeroporto de Salvador para incentivar a contratação de empresas certificadas
Um ano depois do lançamento do CRES (Certificado de Regularidade das Empresas em Solo), a entidade passa a firmar acordos com aeroportos para a valorização das empresas certificadas na hora de contratar. Em Salvador, a maioria das empresas atuantes na prestação de serviços em solo têm o selo de qualidade do segmento
No próximo dia 19 de junho, segunda-feira, o Aeroporto Internacional de Salvador e a Abesata (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares do Transporte Aéreo) vão assinar um acordo de parceria para a valorização das empresas de serviços em solo (ground handling) certificadas. O CRES (Certificado de Regularidade das Empresas em Solo) foi criado há um ano e tem 11 empresas certificadas com presença em mais de 60% dos aeroportos brasileiros.
O Aeroporto de Salvador foi escolhido para assinar essa parceria porque, entre os de grande movimentação de passageiros, conta com a maioria das empresas atuantes certificadas. Acordos semelhantes foram firmados com a Rede Voa, administradora de 16 aeroportos no Estado de São Paulo, e será assinada com o Aeroporto de Viracopos no dia 21 de junho.
O segmento de ground handling é atendido basicamente por empresas especializadas que prestam serviços para companhias aéreas, aviação executiva e aeroportos nas diversas modalidades de proteção e operacional. No mundo todo são empresas especializadas que prestam serviços para que operadores aéreos e aeroportos possam se concentrar na atividade-fim. A contratação dessas empresas também permite uma redução importante de custos para companhias aéreas que, por meio da economia de escala, teriam que manter um time de colaboradores grande para atender um ou dois voos por dia, dependendo da localidade.
Julio Ribas, diretor-presidente do Salvador Bahia Airport, aborda a importância do CRES e o reconhecimento do selo pela indústria do transporte aéreo e órgãos da aviação civil como um exemplo de regulação responsiva adotada pelo Brasil. “Estamos orgulhosos de fazer parte desse movimento de certificação e incentivar mais prestadores de serviços a aderirem ao mercado com um padrão mínimo. Com essa parceria, reforçamos nosso compromisso em oferecer uma experiência de alto nível para os passageiros e operadores no aeroporto de Salvador”, destaca.
“O objetivo do selo de qualidade é ajudar operadores de aeroportos e companhias aéreas como referência na hora de contratar serviços de ground handling”, disse o presidente da Abesata, Ricardo Aparecido Miguel.
Após a assinatura do acordo de parceria, os convidados terão a oportunidade de participar de um tour pela área de embarque do aeroporto para conhecer as estruturas modernizadas após a concessão para a VINCI Airports. Logo após, seguirão para observar de perto uma operação de ground handling de uma ESATA certificada.
Saiba mais sobre o CRES
O programa de certificação é composto por uma matriz com cinco dimensões: Regulatória, Financeira, Operacional, Pessoas e ESG (meio ambiente, social e governança corporativa). A certificação é realizada por uma empresa independente, a Praxian Research Center, com sede na avenida Paulista, em São Paulo.
O objetivo é trazer benefícios para toda a cadeia aeronáutica. Hoje, as empresas de ground handling no Brasil respondem por 95% das operações em solo, desde a limpeza de aeronaves, com foco na sua desinfecção, transporte e atendimento de passageiros, tripulantes, bagagens, check-in, manuseio de carga, canal de inspeção – security – para embarque de passageiros, entre outras modalidades.
A autorregulação, através do CRES, marca a maturidade do setor: “Há a preocupação por parte das empresas em não perderem a Certificação e isso se reverte em uma constante evolução na qualidade dos serviços prestados”, disse Thiago Gusmão, um dos gestores do CRES.
As empresas que desejarem ser certificadas precisarão apresentar uma série de documentos que comprovem condições regulares de operação e uma estrutura saudável, garantindo a segurança de quem contrata, companhia aérea ou aeroporto, além de poder servir de referência para a fiscalização por parte dos órgãos governamentais.
Os critérios de análise envolvem aspectos eliminatórios e outros classificatórios, totalizando uma soma máxima de 100 pontos.
Fonte e foto: Abesata
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